Origem / Historial:
O sítio de Quinta de Marim, pertença de João Lúcio Pereira, foi explorado por Estácio da Veiga, em 1877, enquadrado no estudo arqueológico do Algarve tendo em vista o levantamento da respectiva Carta Arqueológica.
Nesta herdade assinalou e escavou importantíssimos restos de cinco construções romanas, indicadas na "Carta Archeológica do Algarve" como pertencentes a uma "povoação extinta ou arrazada". Dessas construções, entre elas, um balneário e um templo, levantou uma planta geral ou de conjunto, e quatro plantas individuais de cada construção.
Todos os materiais recolhidos nos edifícios e na necrópole fizeram parte do “Museu Archeologico do Algarve”.
Em 1894, Santos Rocha retomou as escavações na mesma herdade e descobriu o que julgou ser uma segunda necrópole mais pequena, da qual fez um levantamento da planta. Os materiais por si recolhidos foram depositados no Museu da Figueira da Foz.
As peças do então denominado Museu do Algarve foram, em 1894, integradas no actual Museu Nacional de Arqueologia por decreto ministerial de 20 de Dezembro de 1893, pelo ministro Bernardino Machado (segundo OAP, I série, Vol. VII, 1903).
Esta peça esteve sempre no MNA como sendo de proveniência desconhecida, no entanto, após a observação do Arquivo de Estácio da Veiga encontrou-se uma fotografia desta peça. Nesta imagem a Cabeça de Ninfa está colocada sobre um corpo de mármore de feição Renascentista, um corpo feminino com um panejamento segurando uma coroa de louros (?) na mão. No verso da fotografia pode ler-se: «Estátua de mármore branco, achada na quinta de Marim, perto de Olhão, nos finais do século XVIII e levada para o Jardim de Estói, onde foi comprada por Estácio da Veiga». Assim, esta peça provém da Quinta de Marim e foi comprada a par de uma outra estátua de Vénus, com a mesma proveniência.