MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sexta-feira, 19 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.4.5
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Cabeça de Ninfa
Datação:
II d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore
Dimensões (cm):
altura: 18,5; largura: 16,3; espessura: 17,6;
Descrição:
Cabeça pertencente à estátua de uma jovem mostrando o cabelo comprido apanhado na nuca em carrapito mas descobrindo os lóbulos das orelhas, apartado ao meio por risco que começa na nuca e termina num tufo de cabelo em vírgula sobre a testa. A sobrancelha esquerda está mais levantada do que a direita, uma característica destinada a compensar estilisticamente a torção do pescoço para a esquerda. Tem a ponta do nariz mutilada, o queixo e outras saliências esborcinadas. Trata-se de uma representação idealizada de Ninfa, reflectindo ideais clássicos de beleza feminina, para além da sua intrínseca conotação com o elemento aquático. Efectivamente as Ninfas, veneradas pelos gregos como divindades femininas que povoavam as águas, as montanhas, os bosques e os campos, corporizando forças da Natureza, assumiram essencialmente o papel de divindades tutelares das nascentes, entre os romanos. Daí a ligação das Ninfas a contextos termais, surgindo igualmente como elementos decorativos de fontes, ou inseridos em outros espaços arquitectónicos em que as águas estivessem presentes. Trabalho artístico muito próximo dos modelos helenísticos do século IV a.C., porém com os olhos de pálpebras grossas onde foi feita incisão de pupila e íris, características que permitem datá-la do segundo quartel do século II d.C. (Segundo Matos e Ribeiro, op.cit)
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Colecção Estácio da Veiga, esta deu entrada no MNA por despacho ministerial
Proveniência:
Marim.
Origem / Historial:
O sítio de Quinta de Marim, pertença de João Lúcio Pereira, foi explorado por Estácio da Veiga, em 1877, enquadrado no estudo arqueológico do Algarve tendo em vista o levantamento da respectiva Carta Arqueológica. Nesta herdade assinalou e escavou importantíssimos restos de cinco construções romanas, indicadas na "Carta Archeológica do Algarve" como pertencentes a uma "povoação extinta ou arrazada". Dessas construções, entre elas, um balneário e um templo, levantou uma planta geral ou de conjunto, e quatro plantas individuais de cada construção. Todos os materiais recolhidos nos edifícios e na necrópole fizeram parte do “Museu Archeologico do Algarve”. Em 1894, Santos Rocha retomou as escavações na mesma herdade e descobriu o que julgou ser uma segunda necrópole mais pequena, da qual fez um levantamento da planta. Os materiais por si recolhidos foram depositados no Museu da Figueira da Foz. As peças do então denominado Museu do Algarve foram, em 1894, integradas no actual Museu Nacional de Arqueologia por decreto ministerial de 20 de Dezembro de 1893, pelo ministro Bernardino Machado (segundo OAP, I série, Vol. VII, 1903). Esta peça esteve sempre no MNA como sendo de proveniência desconhecida, no entanto, após a observação do Arquivo de Estácio da Veiga encontrou-se uma fotografia desta peça. Nesta imagem a Cabeça de Ninfa está colocada sobre um corpo de mármore de feição Renascentista, um corpo feminino com um panejamento segurando uma coroa de louros (?) na mão. No verso da fotografia pode ler-se: «Estátua de mármore branco, achada na quinta de Marim, perto de Olhão, nos finais do século XVIII e levada para o Jardim de Estói, onde foi comprada por Estácio da Veiga». Assim, esta peça provém da Quinta de Marim e foi comprada a par de uma outra estátua de Vénus, com a mesma proveniência.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica