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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
Au 85
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Diadema
Datação:
Idade do Bronze Inicial
Matéria:
Ouro
Técnica:
Laminado por martelagem
Dimensões (cm):
largura: 4,8; comprimento: 60,2;
Descrição:
Diadema constituído por uma banda subrectangular fechada pela sobreposição das extremidades, assimétricas - uma arredondada e outra recta, ambas perfuradas. A decoração geométrica ocupa toda a superfície da peça e desenvolve-se longitudinalmente: duas elipses concêntricas intercaladas por uma linha em ziguezague contínuo, e, na zona média, em cada extremidade, duas séries de três linhas verticais paralelas, sendo a central, de pontilhado. O sistema de preensão é composto por orifícios alinhados verticalmente, três de um lado e seis do outro, estes dispostos dois a dois na extremidade livre de decoração, onde se apresenta um sulco oblíquo (resultante de uma fenda entretanto soldada). No reverso, os orifícios têm rebarbas. (Segundo ficha de Catálogo de Ourivesaria do MNA). O conjunto de oferendas metálicas da sepultura da Quinta da Água Branca (Lovelhe, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo) constitui parte de um enterramento masculino em cista grande. Encontrado em 1906 e publicado por José Fortes na Portugalia em 1908, constitui um dos mais notáveis conjuntos do género atribuíveis ao Bronze Antigo (c. 2250 – 1750 a.C.). A adaga ou espada curta, produzida em cobre arsenical (Cu, As), o diadema fabricado numa fina lâmina de ouro martelado e decorado com duas bandas de zigzag limitadas por linhas paralelas executadas em repuxado, os dois anéis em espiral e os dois anéis de aro simples, fabricados a partir de arames de secção rectangular achatada, caracterizam este espólio de excepção certamente associado a uma personagem socialmente importante. A individualização do ritual funerário que constitui um dos evendos marcadores do início da Primeira Idade do Bronze (Bronze Antigo e Bronze Médio – c. 2250-1250 a.C.) assiste ao aparecimento de verdadeiros “enterramentos de excepção da nova ordem social em que sobressai o elemento andriarcal e o tema das primeiras armas metálicas (espadas curtas e punhais de lingueta, alabardas, pontas Palmela – Senna – Martinez, 2013) que juntamente com as primeiras jóias áureas constituem elementos destes pacotes funerários de prestígio, tal como no exemplo vertente, mas também em vários outros casos peninsulares (p. ex: Fuente Olmedo, Valladolid – Valls e Delibes de Castro, 1989; Gruta das Redondas, Carvalhal de Aljubarrota – Natavidade, 1901). A escassez relativa de artefactos metálicos durante toda a Primeira Idade do Bronze, as condições da sua produção em âmbito doméstico, o consumo limitado e a sua associação primordial a enterramentos ou a “depósitos marcadores de território”, tudo se conjuga para que esta primeira metalurgia ibérica tenha um cariz não-tecnómico e associado primordialmente à produção de bens de prestígio ao serviço da ostentação de status das respectivas elites nascentes (Senna-Martinez, 2013).
Incorporação:
Compra - J.L.Vasconcelos
Proveniência:
Quinta da Água Branca.
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* A sepultura individual da Quinta da Água Branca descoberta casualmente em Fevereiro de 1906, aquando da realização de trabalhos agrícolas, constitui um dos mais notáveis achados arqueológicos do início do século, publicado por José Fortes. Trata-se de uma inumação do Bronze Inicial, de cujo espólio fazem parte, para além do diadema, uma adaga de lingueta em cobre arsenical (Inv. 11017), dois aros lisos (Au 86 e 87) e duas espirais (Au 88 e 89). A violação de que a sepultura foi alvo impossibilitou o conhecimento da localização exacta dos aros e das espirais, pelo que se torna difícil proceder à sua classificação funcional.
 
     
     
   
     
     
     
 
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