|
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia Supercategoria: Arqueologia Técnica: Ouro laminado por martelagem Dimensões (cm): espessura: 0,017; diâmetro: 1,8; comprimento: 2,1; Descrição: Conta tubular de ouro, lisa, formada por uma lâmina rectangular enrolada, sobrepondo-se e ajustando-se uma das margens à margem oposta, sem aplicação de solda. Incorporação: Doação - Pela viúva de Marques da Costa (dir M. Heleno). Proveniência: Gruta I do Casal do Pardo.
Origem / Historial: *Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
As grutas artificiais do Casal do Pardo, conjunto de quatro sepulcros usados entre o Neolítico final e o Calcolítico final, forneceram um espólio abundante e diversificado que inclui, para além de artefactos áureos (contas tubulares, Au 405 a Au 409 e a espiral Au 404) outros itens de prestígio como contas de pedras verdes, ídolos em calcário e cerâmica campaniforme. Foram exploradas no final do século passado ( 1876-1878 ) sob a direcção científica de Carlos Ribeiro, dos Serviços Geológicos de Portugal e, já no início deste século por Marques da Costa. Os achados em ouro atribuem-se à ocupação campaniforme da necrópole.
Bibliografia | ALDAY RUIZ, A. - "La Primera Industria del Oro en el País Vasco y la Rioja", in Munibe, nº4. San Sebastian: 1992, pág. p.47,48 e 51 | CARDOSO, Mário - "Jóias Arcaicas Encontradas em Portugal", in Revista Nós, nº 75. Corunha: 1930, pág. p.50, 52 e 63 | COSTA, A. I. Marques da - "Estações Pré- Históricas dos Arredores de Setúbal. Grutas Sepulcrais da Quinta do Anjo, in O Arqueólogo Português, vol. VII. Lisboa: Imprensa Nacional, 1907, pág. p.329 | ELUÈRE, C. - Les Ors Préhistoriques: L' Age du Bronze en France, Vol. 2. Paris: Picard, 1982, pág. p.127 | HAP - História da Arte em Portugal, (dir. Aarão de Lacerda). Porto: Portucalense Editora, 1942, pág. p.46 | HARTMANN, A. - Prahistorische Golfund aus Europa II, Spektranalalysche Untersuchunen und deren Auswertung. Berlin: Ger. Man Verlag., 1982, pág. p.88 | HERNANDO GONZALLO, A. - La Orfebrería Durante el Calcolitico y el Bronce Antiguo en la Peninsula Ibérica. Madrid: Trabajos de Prehistoria, nº 40, 1983, pág. p.118,119 e 123 | INVENTÁRIO do Museu Nacional de Arqueologia - Colecção de Ourivesaria, vol. I. Lisboa: IPM, 1993, pág. 176-177, nº81 | LEISNER, Vera - Dier Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. Berlin: Walter de Gruyter & Co., 1965, pág. p.119 | LEISNER, Vera Leisner; Georges Zbyszevski, O. da Veiga Ferreira - Les Grottes Artificielles de Casal do Pardo (Palmela) et la Culture du Vase Campaniforme. Lisboa: 1961, pág. p.14,40 e 42 | PAÇO, A.; VAULTIER, M. - Braceletes de Ouro de Atouguia da Baleia (Peniche),"Estremadura, Boletim da Junta de Provincia. Lisboa: s.l., 1946, pág. p.416 | PEREA CAVEDA, A. - Orfebreria Prerromana, Arqueologia del Oro. Madrid: Consejeria de Cultura, D.G.P., 1991, pág. p.25,28,29,304 | PINGEL, V. - Die Vorgeschichtlichen Golfund ..., Eine Archaologische Untersuchung zur Auswertung der Spektral. Berlim / New York: Walter de Gruyter, 1992, pág. p.301, n. 307 | SILVA, A.C.F. - "Ourivesaria Pré-Romana do Norte de Portugal", História da Arte em Portugal: Vol.I, 1986, pág. p.68 | TESOUROS da Arqueologia Portuguesa. Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia, 1980, pág. Cat.10 | CORREIA, Vergílio Hipólito (2013) - A ourivesaria arcaica no ocidente peninsular. Estado da questão, problemáticas arqueológicas e perspetivas de desenvolvimento do campo de estudo. O Arqueólogo Português. S. V, vol. 3, pp.15-114, pág. 32 | |
|
|