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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
14046
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Instrumentos e utensílios
Denominação:
Torre de roca
Datação:
XII d.C. - XIII d.C. - Idade Média - Contexto Islâmico
Matéria:
Osso
Técnica:
Talhe, polimento e decoração por incisão
Dimensões (cm):
diâmetro: 1,8; comprimento: 7;
Descrição:
Torre de roca, incompleta, de osso. O fragmento conservado apresenta um tubo ôco, cilíndrico nas extremidades. Ostenta decoração incisa. A decoração é profusa, com sulcos incisos dispostos horizontalmente e paralelos à extremidade superior. Na parte inferior apresenta um engrossamento onde surgem círculos recortados e vazados. Encontra-se colada, contudo ainda está incompleta.
Incorporação:
Outro - Desconhecida
Proveniência:
Castelo de Mértola
Origem / Historial:
Em 1877, Estácio da Veiga foi convidado pelo Sr. Conselheiro Geral de Instrução Pública, a proceder a um exame dos vestígios antigos do concelho de Mértola e a apresentar a revisão da carta arqueológica local. Iniciaram-se, deste modo, as escavações em 2 de Março de 1877, um pouco por todo o concelho, pondo a descoberto vestígios de várias épocas pré-históricas e históricas, desde o Neolítico até à Idade Média, dando a conhecer uma Mértola bem mais antiga do que as fontes escritas testemunhavam até então. A grande maioria destes objectos foram, em primeira instância, depositados num gabinete reservado da Academia Real de Belas Artes, sendo mais tarde integrados nas colecções do Museu Etnológico J.L.V. Em 1895, o Dr. José Leite de Vasconcelos, em visita a Mértola, procede a novas escavações, aumentando substancialmente as descobertas e consequentemente o acervo do Museu. O espólio de Mértola, pertencente ao Museu, foi igualmente enriquecido, ao longo dos anos, através de inúmeras doações ou por compra de peças. Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz Esta torre de roca provém de Mértola onde foi recolhida na zona do castelo em data e circunstâncias desconhecidas. Torre de roca, às vezes designada por torre de fiar ou ainda manga de roca, constitui um utensílio essencial no processo de fiação e funciona como suporte da rama de algodão, de lã ou outra matéria textil destinada para ser transformada em fio. Frequentemente estes artefactos são decorados de uma maneira elaborada e são, às vezes, produzidos em materiais nobres como marfim, indício claro que se destinavam às classes abastadas. O exemplar em apreço, pela profusa decoração que ostenta como ainda pelo facto de ter sido recolhido na zona do castelo, situa-se exactamente na categoria de objectos de luxo. A indústria textil constituiu uma actividade económica de relevo em todo Al-Andalus, processando-se em grandes oficinas urbanas como paralelamente em pequenos núcleos de economia doméstica. Os têxteis islâmicos constituiam objecto de intensas trocas comerciais e eram muito procurados. A importância da indústria textil encontra-se corroborada pela imensa quantidade de utensílios de fiação encontrados nos sítios islâmicos em toda a Península que forneceram numerosos exemplares de torres de roca, cossoiros ou fusos. Em Portugal a maior parte desses materiais arqueológicos conhecidos provém do Algarve , sobretudo dos pequenos centros de economia rural. No acervo do MNA existem mais dois exemplares de torre da roca, o nºInv.14036 (incompleto), também de Mértola e ainda o nº Inv. 15602 - H, de proveniência desconhecida.
 
     
     
   
     
     
     
 
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