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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 6877
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Lápide funerária
Datação:
XII d.C. - XIII d.C. - Idade Média - Contexto Islâmico
Matéria:
Mármore branco
Dimensões (cm):
altura: 33,5; largura: 51,5; espessura: 4,5;
Descrição:
Lápide funerária de mármore branco. O fragmento conservado, de forma rectangular, constitui a parte superior de um epitáfio, sem menção do nome do defunto, nem da data da sua morte. Domina a lápide um arco ligeiramente apontado, em relevo, formando com a moldura exterior um alfiz, em que se insere o campo epigráfico. As lápides decoradas com o chamado "arco simbólico" são conhecidas na tradição peninsular, sobretudo o admirável conjunto de estelas de Almeria, do século VI da Hégira. Entre as lápides árabes de Portugal, destaca-se um fragmento de Mértola, uma estela de Évora ricamente decorada e três da zona de Lisboa. Esta lápide de Frielas, e uma outra da Rua das Madres (Lisboa), todavia, diferenciam-se do restante conjunto pela extrema simplicidade do arco, uma faixa lisa relevada, que encosta à moldura sem menção de qualquer coluna e capitel. A escrita, num pseudo-cúfico aparentemente arcaizante, ocupa quer o intradorso do arco, quer entre este e a moldura. A forma de certos caracteres, a utilização frequente de diacríticos, e a forte estlização do arco, levam a concliur que esta lápide será mais tardia do que habitualmente se lhe atribui, ou seja, do final do século VII H / XII d. C. ou até mesmo do século seguinte, já então em pleno domínio cristão. Aliás, o arco simbólico continuará a ser utilizado pela comunidade da região como é atestado por uma lápide de Lisboa do século XIV. Tradução: "Eterno é Deus. Tem compaixão conforme a sua mercê, ó tu que tudo dominas, e olha[com misericórdia] para o sítio para onde fui mandado. [...] Artur Goulart de Melo Borges e Abel Sidarus
Incorporação:
Compra - Adquirida pelo então conservador Manuel Heleno
Proveniência:
Frielas, Loures
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* Esta lápide incompleta foi encontrada em casa de campo de José Castanheira das Neves em Frielas em finais do século XX. Posteriormente foi adquirida para o Museu pelo então conservador Manuel Heleno, entre Julho de 1922 e Março de 1924. (O nº E 6877 não tem a data exacta indicada no Livro de Entradas). O primeiro estudo desta lápide foi feito por David Lopes, insigne arabista português (1896) e, mais tarde a lápide foi novamente examinada e publicada por A. R. Nykl (1942, 1946) que empreendeu o levantamento da epigrafia árabe em Portugal. Esta lápide foi exposta diversas vezes, nomeadamente na XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura (1981), Lisboa, núcleo de Madre de Deus; na Exposição Universal de Sevilha (1992) no Pavilhão de Portugal, integrando o núcleo "Portugal - A Formação de um País" e, na Exposição Lisboa Subterrânea (1994) patente no MNA, inserida no núcleo "Lisboa da Idade Média ao Terramoto" e, ainda no Museu da Cidade, aquando da exposição itinerante "Memórias Árabe-Islâmicas" em Novembro de 1997.
 
     
     
   
     
     
     
 
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