Origem / Historial:
Este fragmento da lápide funerária provém de Mértola onde foi encontrada em data e circunstâncias desconhecidas. Em 1895 foi oferecida ao Museu por António da Silva Fernandes, natural de Mértola. A pedido de Leite Vasconcellos foi estudada ainda em finais do século passado por David Lopes, insigne arabista português e, mais tarde por A.R. Nykl, arabista americano que nos anos quarenta realizou o leventamento dos monumentos epigráficos árabes existentes em Portugal. O fragmento conservado da lápide corresponde à parte superior direita da lápide original. A inscrição está incompleta, enquadrada por uma espécie de moldura lisa. Conservam-se cinco linhas executadas em carácteres cúficos em relevo, muito gastos e sem pontos diacríticos. A inscrição constitui um epitáfio de um desconhecido, sendo legíveis apenas
alguns elementos do nome. O epitáfio obedece a um esquema simples corrente, começando pela invocação:
"Em nome de Deus...", seguindo-se a expressão usual "esta é a sepultura" que precede o nome do defunto. Não tem data. Em função do tipo de letra empregue é possível atribuir a lápide ao período dos sécs. XI - XII.
Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz