MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sexta-feira, 29 de março de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 7417
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Lápide epigrafada
Autor:
Desconhecido
Grupo Cultural:
Islâmico
Datação:
XIII d.C. - Idade Média - Período Islâmico
Matéria:
Mármore granolamelar cinzento
Dimensões (cm):
altura: 20; largura: 16,5; espessura: 4,3;
Descrição:
Lápide epigrafada de mármore. O fragmento conservado tem uma forma triangular. Ostenta uma inscrição em árabe incompleta disposta em cinco linhas, da primeira subsistindo apenas a parte inferior, em escrita nashhi em relevo. O campo epigráfico tem as seguintes dimensões: A: cm e L: cm. Do lado esquerdo tem uma espécie de moldura em cordão e em baixo existe uma margem sem inscrição. A lápide é executada em mármore granolamelar cinzento da região de Mértola.
Incorporação:
Outro - -
Proveniência:
Mértola
Origem / Historial:
Lápide epigrafada proveniente de Mértola, sendo desconhecidos outros pormenores do achado. Deu entrada no Museu em 1940, entre Setembro e Dezembro daquele ano. Trata-se de uma lápide epigrafada incompleta, subsistindo apenas cinco linhas de escrita em caracteres nashhi em relevo, de execução pouco cuidada e sem pontos diacríticos. A análise do texto não permite nenhuma conclusão quanto a seu conteudo dado que apenas a segunda linha faz sentido, lendo-se:" noventa e quinhentos", sendo o resto do texto composto por junção de letras. A. R. Nykl, arabista americano, que a examinou nos anos quarenta no âmbito do levantamento da epigrafia árabe em Portugal por ele empreendida, avançou a hipótese de que a lápide em apreço constituir uma espécie de pedra de ensaio, reconhecendo nela a mão do mesmo aritífice que teria executado a lápide E 6562 (ver a respectiva ficha), proveniente também de Mértola, no acervo do MNA, coincidindo a segunda linha da pedra de ensaio com a nona linha do texto da lápide acabada E 6562. Esta hipótese não é de estranhar sabendo-se como se sabe que os Árabes tinham em grande apreço a arte de caligrafia. Copiar o texto alcorânico era considerado um acto meritório de um Muçulmano pio. Os epitáfios continham frequentemente ao lado de dados pessoais alusivos ao defunto, tais como o nome, filiação etc, data do falecimento, também trechos do Alcorão. Nem sequer se trata de um caso inédito. Entre os monumentos de epigrafia árabe conhecidos em Portugal, existe no Museu de Faro uma lápide que serviu de pedra de ensaio a uma inscrição proveniente de Silves. A reforçar a hipótese apresentada por A. R. Nykl, é o facto de ambas as lápides, tanto a lápide funerária E 6562 como a que lhe serviu de pedra de ensaio, nomeadamente E 7417, são feitos em mármore do mesmo tipo, isto é em mármore granolamelar cinzento da região de Mértola. Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica