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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 6571
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Cornija epigrafada
Autor:
Desconhecido
Datação:
XII d.C. - Idade Média - Contexto Islâmico
Matéria:
Mármore ?
Dimensões (cm):
altura: 11; largura: 15; comprimento: 51;
Descrição:
Cornija epigrafada. O fragmento conservado apresenta uma forma rectangular irregular. A cornija ostenta uma inscrição em árabe executada em carácteres cúficos em relevo. O campo epigráfico tem as seguintes dimensões A: 7,3 cm e C: 43 cm, existindo um intervalo de 2,2 cm entre as duas linhas do texto corânico que o preenchem. A cornija é executada, muito provavelmente, em mármore. A inscrição encontra-se incompleta e pouco legível: "Wa ma anzalna ´ala kanmihi min ba´dihi min ..." - "Não fizemos descer sobre o seu povo depois dele...". Leitura de Rodrigo Amador de los Rios e de A. R. Nykl. O texto corresponde à primeira parte do 27º verseto da Sura XXXVI do Alcorão.
Incorporação:
Outro - Provém do espólio do extinto Museu Archeologico do Algarve.
Proveniência:
Castelo de Mértola
Origem / Historial:
Este fragmento de cornija provém de Mértola onde foi localizada por Estácio da Veiga em 1877 aquando da exploração arqueológica da vila. Por ordem dele foi extraída da torre do castelo e foi depositada na Colecção dos Monumentos de Mértola, nº 82 do Museu Archeologico do Algarve. Após a extinção daquele Museu foi incorporada em 1893 no acervo do então criado Museu Ethnographico Português. Trata-se de um fragmento de cornija, de que existe apenas uma parte, proveniente muito provavelmente de um edifício islâmico de carácter religioso entretanto destruído. Ostenta uma inscrição incompleta que corresponde à primeira parte do 27º verseto da Sura XXXVI do Alcorão. Curiosamente emprega em simultâneo dois tipos de letra, nomeadamente a escrita cursiva na linha de cima enquanto na linha de baixo são utilizados caracteres cúficos o que permite atribuir a lápide ao séc. XII. Após a conquista portuguesa de Mértola, importante centro político, estratégico e económico do al-Andalus, ocorrida em 1238, este fragmento de cornija partilhou o destino de muitos outros monumentos islâmicos tendo sido reutilizado como simplês material de construção. Foi utilizada nomeadamente na edificação da torre do castelo em 1292 tendo sido colocada sobre a entrada da torre. A sua primeira leitura foi feita por R. Amador de los Rios ainda a pedido de Estácio da Veiga. Nos anos quarenta foi novamente estudada por A.R. Nykl no âmbito do levantamento da epigrafia árabe em Portugal. Figurou na Exposição Temporária do 1º Centenário da Carta Archeologica do Algarve 1878-1978, Estácio da Veiga - O Homem e a Obra no MNA. Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz Estácio da Veiga reconhecendo a importância deste testemunho do passado solicitou a sua leitura a Rodrigo Amador de los Rios, arabista espanhol e autor de numerosos estudos de epigrafia árabe. Já neste século, a cornija foi examinada por A. R. Nykl no âmbito do levantamento da epigrafia árabe em Portugal. Integrou a Exposição Temporária do 1º Centenário da Carta Archeologica do Algarve 1878 - 1978, Estácio da Veiga - O Homem e a Obra, patente no MNAE desde Dezembro de 1978 até Fevereiro de 1979. Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz
 
     
     
   
     
     
     
 
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