MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Thursday, March 28, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional de Etnologia
Inventory number:
AD.643
Supercategory:
Etnologia
Category:
Ritual
Name:
Colher
Author:
Desconhecido
Production Place:
Guiné-Bissau, Arquipélago dos Bijagós, Orango Grande, Eticoga
Cultural Group:
Bijagós
Date / Period:
XX A.D
Material:
Madeira.
Measurments (cm):
width: 4,2; length: 49,5;
Description:
Colher em madeira, enegrecida de fuligem, com um lado espatulado e outro estilizando um concha (desprovidas das partes laterais). Entre a concha e a espátula, vê-se uma faixa entalhada (parcialmente obra de torno). No ponto, onde começa a parte espatulada vê-se a figuração de um par de seios.
Incorporation:
Compra
Provenance:
Guiné-Bissau, Arquipélago dos Bijagós, Orango Grande, Eticoga
Origin / History:
«Estes implementos são mais espátulas do que colheres porque nunca são levadas à boca (os Bijagós ainda comem com a mão direita). As espátulas são usadas para remexer a comida preparada pelas mulheres - sobretudo arroz com óleo de palma vermelho e marisco cozido semelhante a oveiros que é apanhado na praia. Qualquer rapazinho, com uma enxó, uma pequena faca e uma folha abrasiva, pode esculpir uma espátula de um pedaço de madeira dura; o cabo é decorado com guilhochés e triângulos ou encabeçado por um hipopótamo. As colheres mais requintadas, contudo, foram provavelmente feitas por um rapaz mais velho durante o seu período de iniciação ou por um escultor experiente a quem a aldeia encomendou estes utensílios. As espátulas mais antigas, como as do Museu Nacional de Etnologia (cats. 138, 139, página 178) são complexas: a espátula é achatada numa das extremidades para remexer a comida durante a sua confeção, enquanto a outra ponta termina numa superfície côncava que serve para servir o cozinhado quando ele está pronto. O cabo é esculpido com motivos decorativos ou animais, mas, normalmente, faz alusão à mulher, a qual gere o fornecimento de alimentos à aldeia, plantando sementes (arroz "molhado" que cresce na época das chuvas) e, juntamente com os filhos, afugenta predadores, colhe e peneira o arroz, armazena-o e, finalmente, prepara-o.» Esta colher «apresenta uma abastração da mesma ideia pois a concha é encabeçada por um cabo arqueado que evoca a curvatura do pescoço, enquanto dois pequenos cones na parte da frente da espátula sugerem os seios. Feitos de madeira dura que raramente é atacada por insectos, estes exemplares antigos deveriam ter sido usados exclusivamente em cerimónias, pois os habitantes ainda os possuíam na altura da sua recolha.» (Duquette, 2000: 175)
Associeated Records
Entities
image
image
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits