MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 20 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.921
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Escultura
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Guiné-Bissau, Ilha de Caraxe, Binta
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, vestígios sacrificiais.
Dimensões (cm):
altura: 47;
Descrição:
Escultura em madeira com representação estilizada de figura humana, com corpo paralelepipédico, pescoço alto recoberto por frisos circulares, rosto triangular, testa alta, nariz direito e comprido. Na cabeça, encontra-se um barretinho ao jeito de um solidéu. O tronco apoia sobre uma base, redonda e chanfrada com uma canelura a meio, recoberta de um engobo e resíduos sacrificiais.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Guiné-Bissau, Ilha de Caraxe, Binta.
Origem / Historial:
Figura de culto e homenagem aos antepassados. «No arquipélago dos Bijagós, a palavra crioula Irã refere-se a qualquer objeto natural ou feito pelo homem que contém energia sagrada benéfica ou maléfica. O termo é, assim, aplicado, por exemplo, às folhas de palmeira que assinalam a entrada do recinto iniciático, ao chifre de um bode selvagem contendo plantas de odor forte contra as cobras e ao Grande Espírito da Aldeia, bem como aos espíritos filiais. (...) Este objeto não apresenta a mesma aparência em todas as ilhas. Em Bubaque, Canhabaque, Caravela e Carache, é antropomórfica, mas, noutras ilhas, é uma amálgama sagrada dentro de uma bacia de esmalte colocada no altar do templo ou, por vezes, dividida e metida em grandes conchas marinhas. (...) a função de um Irã pode, por vezes, prestar-se a confusões, pois uma pessoa pode encomendar uma escultura que se assemelha ao Grande Espírito da aldeia para uso particular e guardá-la em casa, ou numa cabana de palha, para veneração. Em contraste, presta-se homenagem ao verdadeiro Grande Espírito no espaçoso santuário circular frequentado por todos os aldeões e guardado à noite pela sacerdotisa que mantém o fogo. Hoje em dia, o Grande Espírito pode também ser guardado na casa do rei, onde há menos possibilidade de ser roubada. As esculturas mais antigas do Grande Espírito vistas hoje em templos, variam segundo a região geográfica.» (DUQUETTE, Danielle Gallois - "Introdução aos Bijagós da Guiné-Bissau". In HERREMAN, Frank (ed.) - Na Presença dos Espíritos: arte africana do Museu Nacional de Etnologia. Lisboa, Nova Iorque: Museum of African Art, 2000)
Bibliografia

Bibliografia

DUQUETTE, Danielle Gallois - "Introdução aos Bijagós da Guiné-Bissau". In HERREMAN, Frank (ed.) - Na Presença dos Espíritos: arte africana do Museu Nacional de Etnologia. Lisboa, Nova Iorque: Museum of African Art, 2000. , pág. 180-181

 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica