MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Friday, March 29, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional de Etnologia
Inventory number:
AD.915
Supercategory:
Etnologia
Category:
Ritual
Name:
Tridente
Author:
Desconhecido
Production Place:
Ilha de Orango Grande, Eticogo, Arquipélago de Bijagós, Guiné-Bissau
Cultural Group:
Bijagós
Material:
Madeira, policromia.
Measurments (cm):
length: 159;
Description:
Lança em madeira, composta de duas secções: extremidade com 3 pontas e cabo cilíndrico com terminação inferior piramidal. As pontas laterais são pontiagudas, a do meio é de secção circular e apresenta a ponta partida. Os 3 dentes apoiam numa base em forma de lira, acima de uma espécie de banco rectangular em plano curvo, com 4 pés que terminam numa peanha. Já no cabo apresenta várias faixas entalhadas.
Incorporation:
Compra
Provenance:
Eticogo, ilha de Orango Grande, Arquipélago de Bijagós, Guiné-Bissau
Origin / History:
Este tipo de objeto, tridente ou lança de fanado, é produzido pelos jovens rapazes durante os seus períodos de reclusão próprios do seu processo de iniciação (fanado). Estes esculpem estas lanças com três, quatro ou cinco dentes, direitos ou ligeiramente curvos, e afiados nas pontas e complementam a sua escultura com a representação de figuras de peixe, bovinos ou figuras humanas. Adquire diferentes designações consoante as ilhas: em Canhabaque ou Bubaque, designam-se «nadai»; em Soga, «nedei»; em Orangozinho chama-se «neden»; em Canogo, «sagaia»; na ilha de Uno «cantodi» e na de Ponta «caniaco». Após a sua iniciação, os homens ou jovens rapazes, são simbolicamente mortos na sua vida anterior, adquirem um novo nome e não conhecem mais a mulher e/ou filhos que tiveram nesse período da sua vida. É desta forma que não podem recusar oferecer a lança que esculpiram a uma mulher «defunto» que a utilizará no dia em que esta participar nas danças rituais de possessão. É desta forma que este tipo de objeto torna-se um complemento do traje que as mulheres utilizam nos rituais de dança de possessão em que assumem a identidade masculina dos rapazes que morreram durante a sua iniciação, por isso se designam de mulheres «defunto». Alguns autores refutam a ideia de que as danças de possessão das «defunto» sejam o equivalente feminino dos rituais de iniciação. (DUQUETTE, 1983, p. 117)
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits