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OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional de Etnologia
Inventory number:
AD.481
Supercategory:
Etnologia
Category:
Ritual
Name:
Tridente
Author:
Desconhecido
Production Place:
Ilha de Canhabaque (ilha Roxa), Arquipélago de Bijagós, Guiné-Bissau
Cultural Group:
Bijagós
Date / Period:
XX A.D
Material:
Madeira, policromia.
Measurments (cm):
width: 21,5; length: 162,5;
Description:
Lança em madeira, formada por duas secções: cabo cilíndrico e aguçado na extremidade e uma ponta tridentada, em cujas extremidades foi esculpida a figura de um tubarão. Na base dos dentes, apresenta a figuração de um barco esculpido. No ponto de inserção no cabo apresenta uma faixa esculpida. Ao longo do comprimento do cabo, apresenta mais duas faixas entalhadas, com espaços lisos em alto-relevo pintados a preto.
Incorporation:
Compra
Provenance:
Angodjica, ilha de Canhabaque (ilha Roxa), Arquipélago de Bijagós, Guiné-Bissau
Origin / History:
Este tipo de objeto, tridente ou lança de fanado, é produzido pelos jovens rapazes durante os seus períodos de reclusão próprios do seu processo de iniciação (fanado). Estes esculpem estas lanças com três, quatro ou cinco dentes, direitos ou ligeiramente curvos, e afiados nas pontas e complementam a sua escultura com a representação de figuras de peixe, vacas ou rostos humanos. Adquire diferentes designações consoante as ilhas: em Canhabaque ou Bubaque, designam-se «nadai»; em Soga, «nedei»; em Orangozinho chama-se «neden»; em Canogo, «sagaia»; na ilha de Uno «cantodi» e na de Ponta «caniaco». Após a sua iniciação, os homens ou jovens rapazes, são simbolicamente mortos na sua vida anterior, adquirem um novo nome e não conhecem mais a mulher e/ou filhos que tiveram nesse período da sua vida. É desta forma que não podem recusar oferecer a lança que esculpiram a uma mulher «defunto» que a utilizará no dia em que esta participar nas danças rituais de possessão. É desta forma que este tipo de objeto torna-se um complemento do traje que as mulheres utilizam nos rituais de dança de possessão em que assumem a identidade masculina dos rapazes que morreram durante a sua iniciação, por isso se designam de mulheres «defunto». Alguns autores refutam a ideia de que as danças de possessão das «defunto» sejam o equivalente feminino dos rituais de iniciação. (DUQUETTE, 1983, p. 117)
 
     
     
   
     
     
     
 
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