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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AD.472
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Tridente
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ilha Canhabaque, Arquipélago de Bijagós, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, policromia.
Dimensões (cm):
comprimento: 173;
Descrição:
Lança em madeira, com extremidade com 3 dentes, tendo uma base comum quadrangular que apoia sobre um peixe esculpido. Sob o peixe apresenta um espigão que entra no cabo de madeira cilíndrico. O dente central é tingido de preto, com triângulos entalhados na cor natural. A base comum à secção tridentada apresenta uma faixa com desenhos geométricos, na cor natural da madeira e em preto.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Angodjica, Ilha Canhabaque, Arquipélago de Bijagós.
Origem / Historial:
Este tipo de objeto, tridente ou lança de fanado, é produzido pelos jovens rapazes durante os seus períodos de reclusão próprios do seu processo de iniciação (fanado). Estes esculpem estas lanças com três, quatro ou cinco dentes, direitos ou ligeiramente curvos, e afiados nas pontas e complementam a sua escultura com a representação de figuras de peixe, vacas ou rostos humanos. Adquire diferentes designações consoante as ilhas: em Canhabaque ou Bubaque, designam-se «nadai»; em Soga, «nedei»; em Orangozinho chama-se «neden»; em Canogo, «sagaia»; na ilha de Uno «cantodi» e na de Ponta «caniaco». Após a sua iniciação, os homens ou jovens rapazes, são simbolicamente mortos na sua vida anterior, adquirem um novo nome e não conhecem mais a mulher e/ou filhos que tiveram nesse período da sua vida. É desta forma que não podem recusar oferecer a lança que esculpiram a uma mulher «defunto» que a utilizará no dia em que esta participar nas danças rituais de possessão. É desta forma que este tipo de objeto torna-se um complemento do traje que as mulheres utilizam nos rituais de dança de possessão em que assumem a identidade masculina dos rapazes que morreram durante a sua iniciação, por isso se designam de mulheres «defunto». Alguns autores refutam a ideia de que as danças de possessão das «defunto» sejam o equivalente feminino dos rituais de iniciação. (DUQUETTE, 1983, p. 117)
 
     
     
   
     
     
     
 
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