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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.870
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Adorno de costas
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ilha Formosa, Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Matéria:
Madeira, pele, algodão, policromia.
Dimensões (cm):
largura: 40;
Descrição:
Adorno de costas em madeira, constituído por duas peças semelhantes, com a forma de dois discos unidos por um braço, ligadas uma à outra por uma tura de couro; entre elas, preso à tira de couro, está uma figura de pássaro, de bico comprido, rabo levantado em leque, com uma borla de algodão no alto da cabeça. A face superior dos 4 discos é seccionada por triângulos de cor branco, verde e vermelho; o pássaro é também pintado de cor vermelha, branco e preto.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Abu, ilha Formosa, arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Adorno de costas masculino, utilizado como complemento do traje utilizado pelos rapazes da classe de idades pré-iniciática "karo" (cabaro ou kalo), em exibições públicas de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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