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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AD.928
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Adorno de costas
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ilha de Orango Grande, Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, fibras vegetais, policromia.
Dimensões (cm):
largura: 27; comprimento: 86;
Descrição:
Adorno de costas, em madeira, em forma de barbatana de tubarão, pintado em ambas as faces: numa, sobre fundo branco, tem a meio uma faixa com triângulos pretos e vermelhos e um losango em branco com pintas vermelhas, ponta preta com uma faixa em diagonal sob esta, e ainda uma linha em zigue-zague entre a barra central e a base, junto à margem; do outro lado, mantem o mesmo fundo, com um tubarão martelo pintado a vermelho, a meio, e a ponta em preto com faixa diagonal em vermelho, como do outro lado. Junto à base, num dos lados tem uma espécie de barbatana, também madeira, ligada por fibras vegetais. Prende por meio de corda entrançada que passa por furos abertos junto à base.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Amindé, ilha de Orango Grande, arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Adorno de costas masculino, utilizado pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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