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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.867
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, fibras vegetais, tinta.
Dimensões (cm):
largura: 57,5; comprimento: 27;
Descrição:
Máscara de madeira, com um formato grosseiramente rectangular que representa uma cabeça estilizada de um tubarão martelo. Na face superior, de cada lado, vê-se um tubarão martelo em baixo-relevo, em preto sobre fundo branco. Na face inferior vê-se de cada lado, umas figuras abstractas, em preto e branco, sobre fundo vermelho. A boca está entreaberta, com o rebordo serrilhado e o interior pintado de branco. Abaixo desta, pendem franjas de ráfia tingidas de preto e tiras de folha de palma. Aquela é perfurada transversalmente e atravessada por uma corda da qual pende um pequeno tufo de fibras vegetais. Junto à abertura da base, na face inferior, encontra-se um autocolante amarelo com o número "18" inscrito.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Cuiane, Ilha Formosa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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