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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.856
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ilha Formosa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, fibras vegetais, tecido, dentes naturais, vidro, metal, tinta.
Dimensões (cm):
largura: 26; comprimento: 30;
Descrição:
Máscara de madeira de formato ovóide e oca que representa uma cabeça de tubarão. Na superfície superior apresenta o desenho de um peixe raia em alto-relevo. Os olhos são dois pedaços de vidro espelhado fixos lateralmente por agrafes metálicos. Na superfície inferior apresenta uma boca aberta, com a mandíbula inferior esculpida numa peça de madeira independente e articulada, deixando ver a aplicação de dentes naturais. Superfície pintada de branco, com excepção do desenho do peixe raia e sectores em torno dos olhos, que estão pintados de preto. Abaixo da boca pendem franjas de ráfia tingidas de preto e vermelho e tiras entrançadas de folha de palma. Na parte superior da base da cabeça está também aplicada uma pequena franja de tiras de folha de palma.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Catende, Ilha Formosa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
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Fotografia digital Autoria de João André Lopes Arquivo MNE

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