MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 20 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.842
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, chifre, pele, vidro, metal, fibras vegetais, engobe e tinta.
Dimensões (cm):
altura: 42,5; largura: 63;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de um touro selvagem. Possui dois chifres naturais e duas orelhas projectadas para os lados. Os olhos são de vidro circundados por rodelas de couro. O focinho é curto e o seu vértice é perfurado transversalmente. Apresenta a boca aberta com a língua e dentes à vista. Tem um cachaço robusto, feito de uma peça de madeira independente, arqueada e de superfície canelada, ligado à cabeça por aselhas de tiras de vegetais. Está coberta por um engobe de cor preta, com um triângulo cinzento a meio da testa, nas pontas das orelhas e de cada lado do focinho. O topo do focinho é atravessado por uma corda que passa por baixo dos chifres e prende num nó na parte posterior da cabeça. À esquerda do focinho está suspensa uma corda com um tufo de fibras vegetais na ponta. Na parte posterior de um dos chifres tem um autocolante com o número "81" manuscrito.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Cabune, Ilha de Uno, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Usada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica