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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.827
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, couro, crina, vidro, fibras vegetais, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 20; largura: 14;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de vaca. Apresenta a ausência dos chifres e das orelhas. Os olhos são de vidro, circundados por uma tira de couro pintada de vermelho e preto. Na linha superior dos olhos encontram-se vestígios de tufos de crina. Possui um focinho curto com a boca entreaberta. O vértice daquele foi perfurando transversalmente. O cachaço apresenta uma abertura rectangular, junto à qual se encontram vários orifícios. Alguns têm ainda atado pequenas tiras de fibra vegetal. Superfície escurecida a negro, com excepção de um triângulo na testa e do focinho que estão pintados de branco; e dos sulcos, simulando rugas, junto aos olhos que estão pintados de vermelho. Na superfície posterior da máscara está um autocolante amarelo com o número "103" manuscrito. Na testa apresenta efeitos da acção de biológica de insectos.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Ilha de Nago, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
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Fotografia digital Autoria de João André Lopes Arquivo MNE

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