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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.822
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ilha de Caraxe, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, pele, vidro, plástico, crina, metal, fibras vegetais.
Dimensões (cm):
largura: 57; comprimento: 47;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de vaca. Possui dois chifres naturais e duas orelhas fusiformes projectadas para os lados. Tem um olho de vidro, contornado por uma tira de pele; e o outro composto por uma cápsula de garrafa; ambos circundados por tufos de crina. O focinho é entalhado e a boca entreaberta com a língua de fora a um canto. O vértice do focinho é perfurado transversalmente passando pelo orifício uma corda. Esta acompanha o focinho, passa por trás das orelhas e prende atrás. À volta da abertura inferior da máscara encontram-se vários orifícios nos quais entram algumas tiras de fibra vegetal. Escurecida a negro e pintada de vermelho, azul e branco. Ambos os chifres têm uma tira de pele na base. O chifre esquerdo apresenta ainda um anel franjado em tons de vermelho e preto.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Ilha de Caraxe, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Utilizada pelos jovens da classe de idade pré-iniciática "cabaro" (karo, calo) em performances rituais de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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