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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AD.618
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Local de Execução:
Ilha Roxa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Matéria:
Madeira, chifres, fibras vegetais, vidro, pele, metal, tinta.
Dimensões (cm):
altura: 34,5; largura: 65,5;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de um touro selvagem. Possui dois chifres naturais e, abaixo destes, duas orelhas projectadas para os lados. Os olhos são de vidro, circundados por uma rodela de couro. O focinho é curto, o seu topo é perfurado transversalmente, e a boca está entreaberta. O cachaço é constituído por uma peça de madeira independente, arqueada, com a superfície canelada, ligada à cabeça por aselhas de fibra vegetal. Superfície escurecida a negro, com excepção de um triângulo na testa, desenhos abaixo dos olhos e barra de orelha a orelha na parte posterior da máscara, que estão pintados de um azul esverdeado. Uma corda atravessa o topo do focinho, passa por ambas as faces, para prender atrás sobre o cachaço. O chifre da direita apresenta uma cinta de couro na base. O focinho apresenta vestígios de acção biológica de insectos. A parte inferior está partida e a restante madeira desta zona está bastante danificada.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Anonho, ilha Roxa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Complemento da máscara usada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
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Descrição

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Fotografia digital Autoria de João André Lopes Arquivo MNE

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