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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AD.580
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Adorno de cabeça
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, fibras vegetais, policromia.
Dimensões (cm):
largura: 63; comprimento: 23;
Descrição:
Máscara de madeira, com um formato grosseiramente rectangular que representa uma cabeça estilizada de um tubarão martelo. A base consiste numa secção tipo calote esférica, contígua à tábua de madeira, de interior escavado. Na face inferior da máscara, está entalhada uma boca aberta, com os rebordos serrilhados. Na face superior estão pintados de preto sobre um fundo branco quatro peixes em baixo-relevo. A face inferior está pintada de vermelho e decorada com um triângulo branco em baixo-relevo e quatro peixes pretos. De cada lado da abertura da base da máscara pendem várias tiras entrançadas de fibras vegetais e na aresta oposta, está fixo um pequeno tufo de fibras vegetais.
Proveniência:
Catem, ilha Formosa, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Adorno de cabeça utilizado pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança rituais. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
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Entidades
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