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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
4099 Fot.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Fotografia
Título:
Inverno
Autor:
Foto Delgado
Datação:
XX d.C.
Suporte:
Prova em papel
Técnica:
Preto e branco
Dimensões (cm):
altura: 24; largura: 17,5;
Descrição:
Retrata a figura popular conhecida por "Inverno", de corpo inteiro, em pé, com chapéu na cabeça e guarda chuva debaixo do braço direito. A figura está enquadrada num ambiente urbanístico da Nazaré - uma rua frente ao mar (Av. da República), vendo-se uma fachada de edifício onde se encontram duas figuras femininas, sentadas, à porta. Observa-se ainda uma outra figura feminina, de costas, que transporta, à cabeça, um "cargo de roupa" (roupa para lavar ou lavada no rio, transportada numa gamela de madeira). Na fotografia, no canto inferior direito, lê-se "Delgado/Nazaré".
Incorporação:
Outro - Fundo antigo
Origem / Historial:
A fotografia retrata o "Inverno", figura popular da Nazaré, de carácter enigmático, bem conhecida nesta localidade, embora sejam escassos dados concretos sobre a sua biografia. Supõe-se que o seu nome próprio seria José Janardo. Indicam-se como possível proveniência várias regiões estremenhas ou ribatejanas, registando-se referências a Alenquer, Cartaxo, Santarém, Serro Ventoso, Vermelha (Cadaval). Na Nazaré, muitos se lembram ainda do “Inverno” que, anualmente e durante cerca de quarenta anos, vinha regularmente a esta vila, trajando casaco largo e comprido, calças de cotim, chapéu enterrado na cabeça, botas cardadas e o seu inseparável chapéu de chuva. Chegava em Setembro, por altura das “Festas”. Magro, esquálido, de rosto encovado e melancólico, olhos escuros, fixos e perscrutadores, gastava os seus dias vagarosamente, em atitude introvertida e alheada, deambulando “p’ra norte e p’ra sul”, ou sentado nos antigos bancos outrora existentes na Praça Sousa e Oliveira, abrigado pelo chapéu-de-chuva. De uma maneira geral, a chegada desta figura típica coincidia com o início do mau tempo e das chuvas, o que, aliado ao facto de nunca abandonar o velho chapéu-de-chuva, eram razões que fundamentavam a alcunha por que era identificada, sendo considerada um prenúncio do Inverno, como acontece popularmente com os amola-tesouras. Foi representado por vários artistas, em escultura, desenho, pintura ou fotografia, existindo no acervo do Museu Dr. Joaquim Manso algumas dessas obras.
 
     
     
   
     
     
     
 
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