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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AF.041
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Artes plásticas
Denominação:
Escultura
Local de Execução:
Enterramento, Ilha de Bissau, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Papel
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 20 cm; largura: 28 cm; comprimento: 52 cm;
Descrição:
Escultura em madeira de poilão, que representa cerimónia do choro fúnebre e é constituída por sete figuras e uma habitação sobre base retangular. A habitação tem formato cilíndrico, com o teto cónico e porta articulada com maçaneta. A casa é oca, escavada a partir da base, pois esta apresenta uma tampa, e possui um degrau no acesso pela porta. Dentro daquela, uma figura que representa o morto, repousa deitada sobre uma cama. Junto à casa estão duas figuras de pé, de frente uma para outra, ambos com um dos braços levantado para o alto e a segurar um retângulo listado. Uma das figuras tem o outro braço fletido a segurar uma bengala; e a outra figura tem o outro braço junto ao corpo. Mais à frente, uma terceira e uma quarta figura tocam tambor. A terceira está sentada, com o tambor no chão, e a quarta está de pé, com o tambor preso ao ombro por uma tira, na diagonal em relação ao corpo. Uma quinta figura masculina está sentada. O braço esquerdo, com o cotovelo repousado sobre o joelho, segura na mão um copo pintado em cinzento. O braço direito repousa sobre uma bolsa quadrada cinzenta com tampa arredondada, que traz presa ao ombro por uma alça. Na mão, segura uma garrafa cinzenta. À sua frente, uma sexta figura está de pé a tocar um tambor que é maior do que o da figura anterior e está apoiado num suporte. No topo da cabeça apresenta um círculo em relevo. A base e a casa estão na cor natural da madeira. Os tambores, o suporte e o teto da casa apresentam indícios de coloração avermelhada. O retângulo é preto e listado na cor natural da madeira. As figuras estão pintadas de preto. A parte branca dos olhos estão na cor natural da madeira. As duas figuras logo à frente da casa vestem pano que cobre um dos ombros até os joelhos, em relevo, numa com indícios de coloração avermelhada; as demais, vestem pano pela cintura que cobre até à altura do joelho. A peça apresenta sinais de fractura. Ver “Conservação”.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Enterramento, Ilha de Bissau, Guiné-bissau.
Origem / Historial:
Escultura coletada pelo etnógrafo Fernando Rogado Quintino em 1963, no âmbito da Missão Organizadora do Museu do Ultramar, atual Museu Nacional de Etnologia. Tem autoria atribuída ao escultor Joaquim Có, da etnia papel, na Guiné-Bissau. É parte de um conjunto de 20 objetos deste autor, adquiridos na mesma circunstância, para o acervo do MNE. As esculturas retratam cenas da vida quotidiana da Guiné-Bissau no início da década de 1960 e caracterizam-se por um entalhe e formas de composição recorrentes na obra de Joaquim Có. Os objetos são esculpidos de uma maneira geral em peça única de madeira, com formas arredondadas, apresentando forte expressividade e plasticidade, criando uma idéia de movimento nas cenas representadas. O choro é um rito fúnebre, em geral, constituído por música, dança e comensalidade. Em alguns grupos culturais da Guiné-Bissau esta cerimónia compõe-se de choro, lamento, dança e rufar de tambores. Os bombolons, tipo de tambor, são utilizados para anunciar o falecimento e o início do choro em sua homenagem. O gado é abatido e preparam-se grandes alguidares de arroz. Pode-se prolongar por vários dias, de acordo com a importância do morto, cujo corpo, enrolado em várias camadas de pano, permanece na habitação. De seguida, um cortejo segue em marcha, tendo à frente o corpo carregado num esquife (caixão).
 
     
     
   
     
     
     
 
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