Origem / Historial:
O rei D. Fernando II reuniu uma importante coleção de vidros num compartimento da zona conventual do Palácio das Necessidades, conhecida por “Sala dos Vidros”. Integrou essa coleção, correspondendo provavelmente ao n.º 262 do inventário orfanológico realizado após a morte do monarca (1885): "Um dito [jarro em forma de canudo] da mesma fabricação com armas, marcado com o numero settecentos e noventa e sette. Avaliado na quantia de 22$500" (ANTT, Iventário Orfanológico de D. Fernando II - Bens mobiliários que existiam no Real Paço das Necessidades ao tempo do casamento do mesmo augusto senhor em 10 de junnho de 1869). Na sequência da implantação da república (1910), foi inventariado numa segunda "Sala dos Vidros" organizada por D. Carlos com o espólio reunido pelo avô, com o n.º 839: "Um Wider-Kounn pintado a côres, com uma serie de personagens, o brazão de uma corporação de sapateiros, uma legenda em allemão e a data 1734". Classificado pela comissão de arrolamento como "de valor artístico" (APNA, Arrolamento do Palácio das Necessidades, vol. I). Deu então entrada na casa-forte desse palácio e, em 1956, seria transferido para o da Pena.