Origem / Historial:
Pertenceu a D. Fernando II. Figurou na Sala F da Exposição de Arte Ornamental de 1882, sugindo no catálogo com o n.º 51: "Bocal de vidro allemão com pinturas e esmaltes e com a data de 1591. Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Fernando" (Catalogo da exposição retrospectiva de arte ornamental portugueza e hespanhola, 1882, p. 245). Corresponde provavelmente ao n.º 257 do inventário orfanológico realizado após a morte do monarca (1885), localizando-se na "Sala dos Vidros" dos seus aposentos no Palácio das Necessidades: "Um jarro em forma de canudo de vidro allemão, epocha duvidosa, com esmaltado com differentes bandeiras e caprichos, marcado com o numero settecentos e noventa e dois. Avaliado na quantia de 36$000 réis" (ANTT, Inventário Orfanológico de D. Fernando II - Bens mobiliários que existiam no Real Paço das Necessidades ao tempo do casamento do mesmo augusto senhor em 10 de junho de 1869). Na sequência da implantação da república (1910), foi inventariado numa segunda "Sala dos Vidros" organizada por D. Carlos com o espólio reunido pelo avô, com o n.º 836: "Um Wider-Kounn decorado com os brazões das cidades allemães". Classificado pela comissão de arrolamento como "de valor artístico" (APNA, Arrolamento do Palácio das Necessidades, vol. I). Deu então entrada na casa-forte desse palácio e, em 1956, seria transferido para o da Pena.