Origem / Historial:
O rei D. Fernando II reuniu uma importante coleção de vidros num compartimento da zona conventual do Palácio das Necessidades, conhecida por “Sala dos Vidros”. O inventário orfanológico realizado após a morte do monarca (1885), localiza esta peça nessa sala com o n.º 839: "Um copo de vidro allemão esmaltado de differentes côres com a data de 1641, mas epocha duvidosa, com tampa de metal marcado com o numero settecentos e setenta e seis. Avaliado na quantia de 8$000" (ANTT, Inventário orfanológico de D. Fernando II - Bens mobiliários adquiridos depois de 8 de junho de 1869). Na sequência da implantação da república (1910), foi inventariada numa segunda "Sala dos Vidros" organizada por D. Carlos com o espólio reunido pelo avô, com o n.º 814: "Uma caneca de vidro, com decoração polychroma, representando um pelicano e a data 1640. A base e a tampa são de estanho". Classificada pela comissão de arrolamento como "de valor artístico" (APNA, Arrolamento do Palácio das Necessidades, vol. I). Deu então entrada na casa-forte desse palácio e, em 1956, seria transferida para o da Pena.