MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Thursday, April 25, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
EVENT DETAILS
Museum:
Museu Nacional de Arqueologia
Type:
Exposição
Name:
Portugal Islâmico. Os Últimos Sinais do Mediterrâneo
Date / Period:
1998 - 1999
Local:
Museu Nacional de Arqueologia
Description:
A exposição "Portugal Islâmico" esteve patente no Museu de Arqueologia de Lisboa de 16 de Julho de 1998 a 30 de Setembro de 1999. Continha objectos oriundos de vários museus portugueses, e foi a primeira grande amostra do passado islâmico português. A HERANÇA Depois de cinco séculos de presença muçulmana em Portugal, seria impensável supor que, além da nomenclatura de regiões, cidades e aldeias(Algarve, Ourém, Alcabideche) o Islão não deixou marcas na sociedade portuguesa. A primeira área de influência islamo-árabe é sem dúvida a língua portuguesa. Desde unidades de peso e medida, como arroba ou alqueire, até interjeições como Arre!, a presença do árabe no nosso idioma é inegável. Também não é possível ignorar o impacto da arte islâmica na arte e arquitectura portuguesas, sobretudo em artes decorativas como o azulejo ou a louça. O azulejo, aliás, é o legado islâmico em Portugal por excelência, sendo rapidamente adoptado pela família real e pela Igreja. Na arquitectura, em vez de uma influência directa na forma das construções, retém-se sobretudo a adopção das técnicas de construção, de funções e de volumes na elevação de edifícios, como se pode observar no castelo de Alandroal. Além disto, convém também salientar a importância muçulmana em técnicas de pesca,, agricultura e comércio. No entanto, à medida que a sociedade mediterrânica se desagrega em favor de um estilo de vida mais uniformizado, estas técnicas de sobrevivência vão desaparecendo. SUPERSTIÇÃO E CRENÇAS A cultura popular do Gharb estava povoada de crenças, temores e superstições. A magia e os amuletos tinham assim um vasto campo de intervenção para garantir a protecção das pessoas, animais e bens. A entrada da casa era o local prioritário para a colocação de símbolos de protecção para afugentar espíritos maléficos. Ferraduras e Mãos-de-Fátima eram os mais populares. Também os alimentos eram protegidos, a começar pelas talhas, onde se conservava a água, e nas quais deviam estar escritas fórmulas apropriadas, como baraka (benção) ou al-yumn (felicidade). Para afastar espíritos e animais indesejados eram utilizadas fumigações. A unha-de-cabra afastava víboras e serpentes, o açafrão ou a cânfora afugentava escorpiões. A CERÂMICA E O "CICLO DA COMIDA" A cerâmica, e no caso do Gharb, o vasilhame de cozinha, constitui o vestígio mais abundante da civilização islâmica. Até metade do Século IX a cerâmica seguiu modelos e tradições autóctones, sem qualquer elemento decorativo ou morfológico que possa ser atribuído a oficinas orientais. Só em finais desse século, e devido à fixação em Córdova, junto da corte, de artistas e artesãos trazidos do Levante, surgiu no Ocidente uma nova produção cerâmica. Em algumas dezenas de anos, essa cerâmica conhecida por "verde e manganés" e inicialmente fabricada na cidade palatina de Madinat al-Zahra, passou a ser produzida em muitos outros centros oleiros do Ândalus. A sua decoração vidrada em "corda-seca" vai marcar o início de um longo e importante percurso técnico e estético na cerâmica ibérica, até ao seu apogeu na azulejaria do século XVI.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits