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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Lima, Caetano Moreira da Costa
Tipo:
Autor
Nascimento:
Porto, 1835
Óbito:
Porto, 1898
Biografia:
Caetano da Costa Lima viveu entre 1835 e 1898. No Porto, onde nasceu e residiu, ficou conhecido como desenhador e pintor de assuntos históricos. Há notícia de que tenha sido discípulo do pintor suíço Augusto Roquemont, antes de ter frequentado a Academia Portuense de Belas Artes. Neste instituto de ensino, cuja aprendizagem conclui em 1854 após frequência dos anos regulamentares, Costa Lima qualificou-se como aluno laureado. Revelou-se uma figura culta do meio artístico portuense, viajou pela Europa e disso deixou impressões na imprensa, sob a forma de folhetim. Em Lisboa, expôs na Sociedade Promotora de Belas Artes, no ano de 1880. No Porto, participou na 3ª Exposição d’Arte, de 1889, promovida por António José da Costa, Marques de Oliveira, Marques Guimarães e Júlio Costa. Tendo vivido entre as décadas de 30 e 70 do século XIX, Caetano da Costa Lima foi um autor romântico, fascinado pela elevação moral de personagens que se tornaram seres míticos na memória histórica da nação. São figuras de heróis e aventureiros - como a de Martim de Freitas, Inês de Castro, a Rainha Santa Isabel, D. João de Castro, D. Sebastião ou Vasco da Gama - que ocupam os seus pequenos quadros, retratados em cenas de morte ou em episódicos momentos de exaltante coragem. Costa Lima, pelos temas que tratava, obedecia à índole vincadamente historicista que marcou os dois concursos de arte promovidos em 1888 e 89 pela Câmara de Lisboa, destinados ao aperfeiçoamento da pintura e supostamente dirigidos ao incentivo do género histórico. A obra de Costa Lima designada Vasco da Gama na corte de D. Manuel (esboço a óleo) figurou no primeiro dos dois certames, subordinado ao tema da partida de Vasco da Gama para a Índia; obteve o 2º prémio (pecuniário), a seguir a Columbano (o premiado), Ernesto Condeixa, João Vaz, Félix Costa, Barradas e o jovem Roque Gameiro. Com o esboçeto Martim de Freitas ante o cadáver de D. Sancho II (anterior a 1881), presente no segundo concurso do município lisbonense, Caetano da Costa Lima responde de novo ao programa proposto, de ressurreição da História-Pátria através do estímulo à pintura histórica: a exaltação do acto da lealdade de Martim de Freitas para com o soberano português, falecido em Toledo. O pintor concorreu ao lado do já consagrado Veloso Salgado e de Luciano Freire, J. V. Ribeiro e A. Mello. Porém, os resultados foram pouco animadores para a organização do concurso (não foi conhecido vencedor…), que em vão havia tido pretensões de fazer ressurgir a modalidade histórica da pintura portuguesa. Desta mesma época – finais dos anos 80 – é A prisão da Duquesa de Mântua, tela firmada e datada de 1888. Cena de interior, inscreve-se sobre fundo arquitectónico que serve de contexto para o desenrolar da acção, desempenhada por agitados personagens, pelo que resulta numa encenação dinâmica, de colorido contrastante. Em Alcácer Kibir, estudo de composição que também deve rondar o ano de 1888, Costa Lima imaginou um facto extraído da História mítica, que é o do reconhecimento do cadáver de D. Sebastião pelos fidalgos retidos na praça marroquina. Mais uma vez a cena decorre em ambiente adequado – trata-se de um interior exótico – e ordena-se segundo um esquema pouco profundo de distribuição de espaços, mediante um critério que se tornou comum nas pequenas telas de Costa Lima. Outro aspecto aqui presente, e que ter sido uma constante na sua técnica de pintura figurativa, é a concentração de figurantes trajando “à época” (obedecendo às formalidades determinadas pelo gosto romântico), de formas esguias e levemente esquiçadas, fazendo convergir gestos e olhares em direcção ao espaço aberto onde se situam os protagonistas, estes quase sempre realçados por pinceladas claras.
 
     
     
   
     
     
     
 
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