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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Barros Laborão, Joaquim
Tipo:
Autor
Nascimento:
Lisboa, 00/00/1762
Óbito:
Lisboa, 30/03/1820
Biografia:
Nasceu em Lisboa em 1762 onde veio a falecer a 30 de Março de 1820, tendo sido sepultado na Sala do Capítulo de Santo António dos Capuchos. Tinha cerca de dez anos quando entrou para a oficina de João Grossi (1718-1781) – escultor italiano que veio para Lisboa, c. 1745, onde fez escola criando uma oficina de escultores de estuques. Aí trabalhou cerca de quatro anos a desenhar e a modelar, tendo passado, de seguida, para a oficina de João Paulo da Silva, mestre estucador e entalhador. Auxiliou Raimundo da Costa e o Padre João Crisóstomo (1734-1798, escultor que trabalhou essencialmente em madeira e barro; inscrito na Irmandade de São Lucas a 4 de Junho de 1781) e Manuel Vieira, para quem terá feito numerosas peças nos cinco anos que aí trabalhou. Cedo se estabeleceu com oficina própria, tendo modelado um São Francisco e uma Santa Clara, que terão sido posteriormente executados por dois discípulos de José de Almeida (1700-1769): Francisco Xavier e António Machado (?-1810) – este último de acordo com Cyrillo Volkmar Machado foi o autor da Vénus no chafariz das Janelas Verdes, junto ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), e das estátuas dos rios Nilo e Tejo, com base em desenhos de Nicolau Vilela, destinadas a uma fonte pública e hoje na Avenida da Liberdade. Em 24 de Novembro de 1793, morava então na Rua das Parreiras, sendo ainda solteiro, inscreveu-se na Irmandade de São Lucas. Autor prolífico, para além de decorador de coches, destacam-se de entre as suas numerosas obras o baixo-relevo em mármore no tímpano do frontespício da igreja da Bemposta, o conjunto A Vitória das Artes, no MNAA, e a imagem da Fama segurando os baixos relevos com as efígies régias de D. João VI e D.Carlota Joaquina que ornamentavam o obelisco de Belas, este último encomenda do Conde de Pombeiro. Recebeu a Ordem de Santiago, por intercessão do Marquês de Belas, na sequência desta última obra, e o Rei recompensou-o dando-lhe o lugar e os honorários outrora de Alexandre Giusti, em Mafra. O propósito régio seria o de tentar acelerar os trabalhos que ainda prosseguiam neste edifício, mas o projecto foi de novo interrompido pelas invasões francesas. Trabalhou, em seguida, no conjunto de estátuas para o átrio do Palácio da Ajuda, onde executou a Honestidade (1818), a Diligência (1818), o Desejo (1819) e o Decoro (1820), obras onde terá sido auxiliado pelo seu ajudante Gaspar Joaquim da Fonseca e pelos seus filhos: Manuel Joaquim de Barros – este autor da Humanidade (1821) e da Inocência (1824), no mesmo conjunto de estátuas - e José Pedro de Barros. O seu nome encontra-se associado aquela que é, talvez, a última grande Natividade do ciclo de conjuntos monumentais em barro criados em Lisboa, e que ficou conhecido como o Presépio dos Marqueses de Belas. Esta obra da qual foi responsável entre 1805 e 1807 (ainda que os trabalhos prosseguissem até 1811), foi encomendada por José Joaquim de Castro e encontra-se hoje no MNAA. A incompatibilidade entre encomendade e escultor levou a uma troca azeda de correspondência, tendo este último abandonado a execução do projecto. A razão, aparentemente, prendeu-se com o facto de José Joaquim de Barros adquirir peças em feiras e a outros autores, integrando-as no conjunto, o que não agradou a Barros Laborão. Deste artista são a concepção da maquineta e algumas das peças do conjunto, nomeadamente o torrão com o Anjo Custódio e o torrão do Mouro, este último acreditava-se era o retrato da família dos Marqueses de Belas, D. José Luiz de Vasconcellos e Sousa (1740-1812), 1º Marquês de Belas, casado com D. Maria Rita de Castello Branco Correa e Cunha (1769-1832), protectores do escultor, surgindo daí a designação deste presépio. Um desenho de sua autoria, relativo a algumas figuras do conjunto pode ser observado no Gabinete de Desenho e Iconografia do MNAA, inv. 2710. A semelhança entre a figura feminina do torrão do Mouro, no presépio dos Marqueses de Belas e uma outra, no presépio de São Vicente de Fora, parecem apontar este artista como autor deste último núcleo, executado em data incerta, mas seguramente anterior ao encomendado por José Joaquim de Castro. O chamado presépio de São Vicente de Fora pode ser hoje admirado no Museu de Machado de Castro, em Coimbra. No núcleo dos Marqueses de Belas colaboraram, com Barros Laborão, Joaquim António de Macedo (1750-1820) - discípulo de Giusti, em Mafra, onde entrou em 1765 - e António Pinto (c.1758-c.1820), artista especializado em escultura em madeira. Aquando de uma intervenção de conservação do presépio no antigo Instituto Português de Conservação e Restauro / Instituto José de Figueiredo, detectou-se em três das peças que o compõem a assinatura J.A.Macedo, sendo uma datada de 1796. Relativamente à colaboração de António Pinto, esta pode ser comprovada por uma carta de José Joaquim de Castro, onde se lê que “(...) as figuras que não quero estão ou pintadas de todo, ou principiadas a pintar, e esta despesa eu já a tenho inteirado a Ant.º Pinto; (...)”, tendo recebido em 1806 a quantia de 63$700, por um total de 59 dias de trabalho. Na reserva do MNAA podem ainda ser observadas algumas peças de um presépio de grandes dimensões, hoje disperso, da autoria de Barros Laborão. Um seu retrato a óleo pode ser visto na Academia de Belas Artes, em Lisboa.
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