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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Odart
Tipo:
Autor
Nascimento:
Século XVI (?)
Biografia:
Odart integra o grupo de escultores franceses cuja obra representa a passagem definitiva para a arte do Renascimento em Portugal. Individualmente, tem sido considerado como a “águia” solitária da escultura em terracota. Antes de chegar a Portugal, Odart está documentado em Espanha. Entre 1522 e 1526, poderá, segundo Vergílio Correia, ser identificado com o mestre Olarte que trabalha no cadeiral da Catedral de Santo Domingo de la Calzada em Valladolid e na catedral de Toledo, em obra de barro, onde ainda se conservam o passo Domine Quo Vadis? executado para a edícula superior do portal da Torre do Tesouro, um Cristo atado à coluna da Porta dos Escrivães incluído no retábulo de Cristo del Olvido e três relevos colocados nos pilares próximos do transepto (Correia 1953; Dias 2003). A informação sobre a passagem por terras espanholas reveste-se do maior significado no contexto da necessária reavaliação da sua origem e formação tradicionalmente colocada, como os seus pares contemporâneos Nicolau Chanterene e João de Ruão, na órbita dos estaleiros franceses do Renascimento. De Espanha veio para Coimbra onde, em 1530 (7 de Outubro), Frei Brás de Braga, o monge jerónimo encarregado da reforma do Mosteiro de Santa Cruz, lhe encomenda o “Passo da Çea de Christo” para o refeitório monástico, com 13 imagens modeladas em barro cozido, para as quais haveria de receber um servidor e todo o barro e forno necessários para a obra pela qual seria pago de cem cruzados de ouro e mais um vestido de pano composto de gibão, calça, pelote, capa e carapuça. Termina a empreitada em 1534 (8 de Janeiro). O conjunto conserva-se no Museu Machado de Castro (MNMC, Inv. 676 E111-E122). A intensidade de expressão das figuras concertada num equilíbrio proporcionado entre imitação da natureza e dos estados de alma, executadas na “grandura e natural de homens”, “tudo muy bemfeyto e naturall em muyta perfeyçã”, conforme o que fora determinado por contrato, a adequação cenográfica ao espaço e o sentido dramático foram pouco comuns na escultura portuguesa executada em pedra no mesmo período. As qualidades plásticas dos trabalhos de Odart, tal como as parcas notícias que da sua personalidade chegaram até nós, contribuíram para lhe fixar a imagem de escultor errante, de obra fugaz e sem raízes. Sabemos, porém, que continuou em Coimbra pelo menos até 1535, pois fez ainda um Menino Jesus e imagens para as salas de aula do mesmo Mosteiro de Santa Cruz. São-lhe atribuídas, embora sem comprovação documental, as estátuas orantes de D. Luís da Silveira (c. 1535), no panteão familiar da igreja de Góis, e a de D. Duarte de Lemos (c. 1535-1539), em Trofa do Vouga, assim como a estatuária do perímetro exterior, com forte impacto urbano, da Capela dos Coimbras anexa à Igreja de São João do Souto, em Braga, todas executadas em pedra.
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