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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Azevedo, Fernando de
Tipo:
Autor
Nascimento:
Vila Nova de Gaia, 1923
Óbito:
Lisboa, 2002
Biografia:
Completou o curso da Escola de Artes Decorativas de António Arroio (1935-1940) e iniciou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa. Nos primeiros anos da década de quarenta, participou nos encontros do Café Herminius e interessou-se pela corrente estética dominante na altura, o Neo-realismo, dentro da qual realizou obras e cartazes que seriam expostos na I e II Exposição Geral de Artes Plásticas, em 1946 e 1947. Porém, este ano começa a distanciar-se dessa corrente e a sentir-se atraído pelo Surrealismo, cuja assumpção é plena numa colagem realizada ainda em 47. De 1947, data também o início da sua actividade no campo da publicidade, trabalhando no estúdio ETP, e como crítico de arte em Mundo Literário e Horizonte. Jornal das Artes, actividade em que sobressai pela sua lucidez e que se estende até à actualidade. Como surrealista, foi um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa, integrando a primeira exposição promovida por este grupo; colaborou nas restantes actividades, entre elas a revista Uni/Pentacórnio, até à exposição que, junto de Vespeira e Lemos, mostra em 1952, na Casa Jalco, toda a actividade deste período, que acaba com uma viragem para a abstracção. Uma colagem de 1947, hoje desaparecida, marca o início da sua introdução no ansiado imaginário surrealista (ansiado desde a exposição de Pedro e Dacosta na Casa Repe, em 1940), que rapidamente obterá um reflexo em desenhos, guaches e óleos em que uma certa organicidade e sentido espacial, são substituídos logo por elementos abstractizantes, de latente memória figurativa em que desaparece a projecção espacial, para dar lugar a uma acumulação onírica e indiferenciada, em que é possível detectar já um trabalho de ocultação pictórica, muito afim daquele que artistas, como Matta, vinham desenvolvendo. Será precisamente a ocultação, “descoberta” por Alexandre O’Neill, a nova técnica que mais amplamente Azevedo aprofunda, criando novas imagens e novos sentidos a partir da ocultação com tinta da china e guache de uma imagem pré-existente. O magnífico conjunto de ocultações que realizou deve ser entendido em conjunto com os guaches e desenhos, em que este processo é realizado sobre a obra em curso, negando a imagem matriz, por vezes figurativa, para assim lhe multiplicar os significados. Outras obras resolvem-se dentro de paisagens, protagonizadas por figuras femininas, em cenas transformadas por um onirismo de grande poder evocativo, não isento de lirismo, inquietante também pela junção com formas abstractizadas de carácter orgânico. Desenhos e cadavres-exquis completam o seu trabalho, destacando-se entre eles a participação, em 1948, no grande cadavre-exquis pintado. Como outros companheiros de geração, em 1953, adoptou preocupações abstractas que explorou em obras progressivamente mais líricas e sempre com um entendimento poético muito pessoal e emotivo, tendo retomado, nos últimos anos, a colagem. Desde os anos sessenta ocupa lugares destacados na vida cultural portuguesa, como consultor artístico do Grupo Gulbenkian de Bailado, Director do Serviço de Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian, presidente da Cooperativa de Gravadores Portugueses «Gravura», Vice-Presidente da Association Internationale des Critiques d’Art (AICA), membro do Conselho Consultivo do IPPC, Director Artístico da revista Colóquio Artes e Presidente da SNBA, cargo que hoje mantém. Desenvolveu ainda um importante trabalho como ilustrador e director gráfico de várias edições, decorador, cenógrafo e museógrafo.
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