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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Sousa Lopes, Adriano
Tipo:
Autor
Nascimento:
Vidigal, Leiria, 13/02/1879
Óbito:
Lisboa, 21/04/1944
Biografia:
Adriano Sousa Lopes nasce a 13 de Fevereiro de 1879 em Vidigal, nos arredores de Leiria, e morre em Lisboa a 21 de Abril de 1944. Após uma juventude passada em Turquel, perto de Alcobaça, como ajudante de farmácia, e de uma prática amadora de desenho dos monumentos da região, como os mosteiros de Alcobaça ou da Batalha, Sousa Lopes inscreve-se na Escola de Belas Artes de Lisboa a partir do ano lectivo de 1895-96, frequentando as aulas de pintura de Veloso Salgado. Ainda antes de acabar o curso, ganha em 1903 o pensionato Valmor para continuar os estudos no estrangeiro, e parte nesse ano para Paris, onde irá estudar na École Nationale des Beaux-Arts sob a direcção de Fernand Cormon. Paralelamente, frequenta a conhecida escola privada de pintura, de gosto mais eclético, a Académie Julian. Nesses anos, absorve sobretudo a técnica dos mestres impressionistas, que vê certamente no Museu do Luxemburgo, e que se adequava bastante ao seu temperamento de colorista. As viagens que faz a Veneza, em 1907 e 1908, têm grande impacto na sua pintura, tornando-lhe a paleta mais clara e sensível aos valores lumínicos. Pinta inúmeras vistas de canais e praças da cidade, onde estuda os reflexos da água e cambiantes da atmosfera, e nessas obras a pincelada torna-se mais livre e expressiva, aspectos que terão fortuna na sua obra posterior. Mantendo ateliê permanente em Paris, apresenta-se regularmente no Salon em 1906, 1907 e 1912, e no ano de 1915 é convidado pelo governo português a organizar a secção de Belas Artes do pavilhão português da Exposição Panamá-Pacífico, em São Francisco, EUA, onde apresenta obras dos naturalistas portugueses, referências suas e da época, como José Malhoa, Columbano e João Vaz. Em 1917, realiza pela primeira vez uma exposição individual em Lisboa, na Sociedade Nacional de Belas Artes, constituindo-se já como uma verdadeira retrospectiva da sua carreira, onde apresenta 204 pinturas, entre desenhos e gravuras a água-forte. Fruto de um gosto permanente pela viagem, apresenta vistas de Veneza, Bruges, Amesterdão, Paris, e do litoral oeste português, como a Nazaré ou Turquel. A exposição tem grande sucesso crítico e comercial, e o Presidente da República Bernardino Machado chega a comprar-lhe vários trabalhos. Nesse mesmo ano, com o país envolvido na I Guerra Mundial, Sousa Lopes parte para França como oficial-artista (o único que Portugal teve), coma missão de documentar a participação portuguesa na frente ocidental, produzindo no rescaldo do conflito um notável conjunto de águas-fortes e uma série de pinturas monumentais hoje instaladas no Museu Militar de Lisboa. Na década de 1920, vivendo entre Paris e Lisboa, o pintor realiza uma série de viagens artísticas onde produz importantes obras, muitas paisagens da Côte d’Azur francesa, estudos de arquitectura e de costumes de Tânger, e em Portugal, entre outros apontamentos, pinta marinhas e cenas da faina piscatória da Costa da Caparica, e paisagens serranas em Castelo de Vide. Uma década de febril actividade é apresentada na sua segunda individual realizada em Lisboa, novamente na SNBA, em 1927. A crítica é unânime em considerá-lo um dos mestres da pintura do seu tempo, impressionada sobretudo com as grandes composições de figuras inspiradas na faina marítima da Caparica e Ovar. Em 1929, é nomeado director do Museu Nacional de Arte Contemporânea, sucedendo a Columbano Bordalo Pinheiro, e a partir de então fixa-se definitivamente em Lisboa, estabelecendo o seu ateliê no Parque das Necessidades, na chamada Casa do Regalo, antigo estúdio da Rainha D.Amélia. Na década de 1930, Sousa Lopes interessa-se pela recuperação da técnica da pintura a fresco, com a colaboração de engenheiros e de um artífice italiano, Zapparoli, mostrando parcialmente os resultados dessa investigação numa mostra realizada no seu ateliê, em 1934, onde apresenta vastas composições com motivos da actividade moliceira no delta de Aveiro. Em 1937, já encarregue pelo governo da execução de várias pinturas a fresco para o Salão Nobre da Assembleia da República, centradas na temática dos Descobrimentos e conquistas de além-mar, o artista viaja como bolseiro para Roma, com o intuito de aprofundar a técnica e colher os exemplos maiores de Rafael e Miguel Ângelo, no Vaticano, assim como dos primitivos italianos. Neste ciclo que considerava o fecho da sua obra, assistido por Jaime Martins Barata, Sousa Lopes trabalha até 1942, altura em que começa a sofrer de uma doença coronária que o irá vitimar dois anos depois. A maioria dos frescos será concluída por Joaquim Rebocho e Domingos Rebelo, a quem deixou instruções precisas antes de morrer.
 
     
     
   
     
     
     
 
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