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FICHA DE CONJUNTO
Museu:
Museu da Música
N.º Conjunto:
Núcleo 2
Tipo:
Conjunto
Denominação:
Núcleo 2: Viva a República!
Descrição:
Período de 1910 a 1913
Origem / Historial:
"Na sequência da implantação da República, os defensores da criação de um museu instrumental acreditam que é chegada a oportunidade para avançar com o projecto. Entre estes, o mais acérrimo defensor e activista é Michel'angelo Lambertini, que resolve tomar em mãos a missão de recolher os instrumentos dispersos pelos conventos e instituições do Estado, ao abandono ou deslocados. A conjuntura política e os políticos são, aparentemente, favoráveis. José Relvas, elemento do directório Republicano, Ministro das Finanças do 1º Governo Provisório, amante da música e amigo de Lambertini, seria a porta de entrada. Lambertini é nomeado pelo Ministério do Interior para efectuar a recolha dos instrumentos do Estado. Todavia, a jovem República tem uma prioridade: viabilizar-se economicamente para não ser derrubada. Neste contexto, José Relvas, que acabara de organizar o IV Congresso Internacional de Turismo para atrair receitas a Portugal, e nesse âmbito tinha criado um grande museu em Mafra para receber os congressistas, deu ordens expressas para que nenhum objecto fosse dali retirado. Entretanto, algumas instituições do Estado possuidoras dos instrumentos musicais mostram-se pouco receptivas à recolha feita por Lambertini. A questão atinge o seu ponto crítico com o levantamento dos instrumentos de Mafra, que colocam José Relvas e Michel'angelo Lambertini em colisão de interesses. Como consequência, Lambertini é demitido do encargo e os 146 instrumentos entretanto recolhidos e guardados no Palácio das Necessidades ficam retidos pela Comissão de Arrolamento dos Paços. Estes instrumentos levantados por Lambertini em diversas instituições do Estado nunca chegaram a integrar o Museu Instrumental, nem o actual Museu da Música. Os instrumentos e os livros de música aqui presentes (no núcleo 2), únicas peças desta primeira recolha que se conseguiram localizar, são os de Mafra porque regressaram àquele palácio durante a 1ªa República. Embora sejam as únicas peças passíveis de estar aqui, dado que não se sabe do paradeiro das restantes, este núcleo é, simbolicamente, o que melhor representaria o projecto preconizado por Lambertini para o Museu Instrumental já que, das diversas recolhas, a de Mafra foi a única que incluiu livros, que se destinavam à Biblioteca especializada nas várias temáticas da arte musical e que complementaria o museu." APT In catálogo da exposição, pág. 172 Recolha dos Instrumentos Musicais do Estado (1912-1913) Os instrumentos deste núcleo sugerem um olhar sobre uma colecção de instrumentos musicais que começou a ser reunida em 1911 por Michel'angelo Lambertini e por vontade expressa do Governo de então. Fundamentado no critério seguido para a organização do Museu de Arte Antiga, formado a partir do espólio dos conventos extintos em 1834, e preconizando o advento de situação idêntica com a abolição da Monarquia e das congregações religiosas, Lambertini, recomendado por alguns vultos republicanos, como José Relvas e João Cupertino Ribeiro, obteve do governo a emissão de uma portaria, publicada no Diário Oficial de 22 de Dezembro de 1911, que o incumbia da recolha e ordenação dos instrumentos musicais que encontrasse em edifícios públicos ou religiosos, sem quaisquer custos para o Estado. O Palácio das Necessidades foi o primeiro local para onde começaram a convergir; a partir de 1912, instrumentos musicais e outros objectos acessórios, provenientes dos Museus Arqueológico, de Arte Antiga, dos Coches, de Artilharia, da Academia das Ciências, dos Conventos de Mafra e de Brancanes em Setúbal, dos Palácios da Vila de Sintra e da Pena, das Igrejas do Sacramento a Alcântara e de S. Pedro em Marateca, Setúbal. Há três instrumentos musicais na exposição (2 cavaquinhos e uma guitarra portuguesa) oriundos do Convento de Mafra e correspondentes aos números 28,30 e 31 da lista da recolha de Lambertini. MHT in Catálogo da Exposição, pág. 184
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Assim que a República é proclamada, Michel'Angelo Lambertini empreende todos os esforços no sentido de sensibilizar os políticos para a necessidade de constituir um museu de instrumentos musicais

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Instrumento construído e oferecido por Augusto Merciano da Costa aos reis em 1901 e que faz parte de um conjunto de 17, que Lambertini chegou a recolher de Mafra em 1912, mas que teve de devolver.

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Em 1901, Augusto M. Costa doou 17 instrumentos exóticos madeireinses aos reis. N sabemos se a colecção foi logo para Mafra,onde ainda hoje se encontra parte dela.Na recolha de L.(1912) já estava lá.

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Um dos instrumentos que Lambertini recolheu de Mafra e que,por ordem de José Relvas,teve de devolver para o projecto do Museu de Mafra,que ditava que todos os objectos do palácio aí deviam permanecer

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Este opúsculo resume a primeira tentativa falhada de um museu instrumental em Portugal. Com ironia, Lambertini louva José Relvas, ignorando os obstáculos de Mafra, e deixando claro que n desistirá.

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A insistência de Lambertini em transportar os instrumentos musicais que separara em Mafra, para o Palácio das Necessidades, resulta na sua exoneração do cargo. Esta é uma das listas de recolha de L. .

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A Imprensa dá o seu contributo para que a colecção de instrumentos Keil não seja esquecida ou dispersa,a propósito do aniversário da morte do pintor e compositor,num artigo em tom de homenagem.

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Catálogo organizado por José Queirós onde são expressas as motivações da formação do Museu de Mafra, a sua composição: «(...)objectos de Arte sacra e profrana», e descrição das salas de exposição.

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Entrevista a J. de Figueiredo que expressa a opinião deste e de J. Relvas de que Mafra deve ser um museu grandioso e nenhum objecto deve ser dali retirado. Lambertini discorda e é demitido.

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J. Relvas (1858-1929) foi membro do Directório do Partido Republicano que implantou a Primeira República.Melómano, foi visto por Lambertini como uma porta política para a criação do museu intrumental.

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Ao longo das 50páginas manuscritas de que é composto este diário,Lambertini registou todos os passos que deu para a recolha dos instrumentos musicais nas instituições do Estado.Ultima entrada Maio1913

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